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ARTES VISUAIS

Exposição 'Saudades no Varal' revela cenas do cotidiano pelo olhar do pernambucano Rômulo Jackson

Mostra chega à Caixa Cultural Recife e reúne objetos e imagens que dialogam com o cotidiano, propondo reflexões sobre memória e afetos

Andre Guerra

Publicado: 15/12/2025 às 15:45

 /Divulgação

(Divulgação )

A partir desta quarta-feira (17), até 1º de fevereiro, o artista pernambucano Rômulo Jackson apresenta na Caixa Cultural Recife a exposição gratuita Saudades no Varal, que reúne imagens e objetos do dia a dia para propor uma reflexão sobre afetos, permanência e memória.

O projeto é a primeira exposição do artista visual e descrito como um convite para mergulhar em um território em que passado e presente se entrelaçam, evocando as lembranças por meio de representações poéticas que estarão dispostas em todo o percurso da mostra.

Inspiradas em cenas prosaicas do cotidiano, como roupas balançando no quintal, o cheiro quente da rua depois da chuva, a exposição constrói um território sensível que permite cada pessoa a se conecte da sua maneira. A observação das coisas simples da vida constroem o olhar de Rômulo, cujo trabalho transita entre a fotografia, a instalação e objetos de abordagem poética que transforma cenas simples em experiências sensoriais.

Ele entrou no curso de Artes Visuais da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) em 2018, época em que também começou a produzir e postar seus trabalhos nas redes sociais. Conquistando uma repercussão cada vez maior, com uma grande quantidade de compartilhamentos e algumas viralizações, Rômulo percebeu potencial em expandir essa troca.  

"Nosso interesse era reunir o maior número possível de obras para que o público tivesse a oportunidade de conhecer pessoalmente meus trabalhos", conta em entrevista ao Diario. "Só existe o artista porque existe o público para propor significados para as obras e essa exposição, em particular, resgata coisas que são muito pessoais da minha infância e possui muitos signos tantos meus quanto do Nordeste. Essa capacidade de ser universal e ao mesmo tempo pessoal eu considero a coisa mais incrível da arte".

Com o alcance da Caixa Cultural Recife, Rômulo projeta a capacidade de ampliar ainda mais o seu público e redescobrir os significados das suas peças. "Esse destaque para 'Saudade' no título surgiu da música 'Todo Homem', de Zeca Veloso, e o objetivo de trazer esse assunto para essa mostra é justamente pegar o visitante de surpresa com as próprias sensações que a arte é capaz de despertar a partir de suas próprias lembranças", acrescenta o artista.

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