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DESPEDIDA

Mundo pop perde a lenda Ozzy: é triste, mas é verdade

Rock star morreu, nesta terça (22), na Inglaterra, e deixa um legado de clássicos e loucuras de quem criou o heavy metal

Ricardo Novelino de C. Pereira

Publicado: 22/07/2025 às 16:20

Ozzy Osbourne/ AFP

Ozzy Osbourne ( AFP)

É triste, mas é a verdade. Parafrasear uma das letras do Metallica (Sad but True) é uma das únicas formas de digerir a notícia desta terça (22).


John Michael Osbourne, ou simplesmente Ozzy, o “Príncipe das Trevas” morreu, na Inglaterra.


Triste para quem acompanhou, ao longo do sábado (5 de julho), sem acreditar muito, a última apresentação de uma lenda.


Sentado em um trono estilizado, Ozzy fez a última aparição oficial, no show beneficente “Back to the beginning”, na terra natal dele, Birmigham, na Inglaterra.


Com ele, estavam seus eternos escudeiros Toni Iommy, Terry Geezer Buttler e Bill Ward, do Black Sabbath.


Aos 76 aos, Ozzy partiu, depois de enfrentar doenças e até de cair de um quadriciclo.


É necessário pensar que ele é muito mais do que aquele cantor maluquete que deu origem ao que hoje chamamos de heavy metal, lá nos idos de 1970, com o disco Black Sabbath.


Bebeu muito, enlouqueceu demais e virou um ícone do que pode se chamar de um rock star de verdade.


Dizem que cheirou formiga com o Motley Crue, nos anos 80. Dizem que dormiu no hotel errado e provocou o cancelamento de um show, de tão doidão que estava.


Das loucuras na estrada aos clássicos imortais do rock e do metal, Ozzy superou a pobreza, desconfiança, alcoolismo e o vício em muitas substâncias ilícias e lícitas. Parceria imortal.


Os cinco primeiros discos do Black Sabbath fazem parte de discografia obrigatória para quem um dia tiver interesse em saber o que é rock’nroll.


Tocou com grandes guitarristas (Iommi, Randy Rhoads, Jack E Lee e Zakk Wilde). Deixou para a vida eterna canções como Paranoid, War Pigs , Into The Void e Sabbath Bloddy Sabbath, para citar algumas pérolas do Sabbath.


Brigou com muitos empresários e se casou com a filha de um deles, a Sharon Arden, que depois virou a temível Sharon Osbourne, a implacável empresária.


Com ela, foi resgatado do fundo do poço, Ganhou uma carreira solo de respeito. Inventou um festival (OzzyFest), fez álbuns geniais, como Blizzard Of Ozz, Diary Of a Madman e tantos outros.


Na era MTV, entrou de cabeça com o álbum No More Tears. Vá para o youtube e recupere os clipes, de 1991. Na TV, apareceu no The Osbournes, que mostrava o cotidiano caótico da família.


De tão trágica, a série virou cult. O príncipe das Trevas virou o Ozzy “paz e amor”.


Prometeu que abandonaria a carreira por várias vezes, mas sempre voltava aos palcos. Para gritar, hipnotizar o público e encerrar os shows com a frase: “I love you all”. Ou, “Eu amo todos vocês”.
Ozzy não era apenas um músico. Virou um dos maiores mestres de cerimônias que o pop já viu.


Assistir a um show dele era catártico.


Morre a lenda e fica o legado. É triste, mas é verdade.


O mundo não tem mais o Ozzy.

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