Espetáculo sobre TEA encerra o Festival Pintando o 7
Montagem pernambucana celebra a empatia e o poder da arte como ferramenta de conscientização social no Festival Pintando o 7
Publicado: 18/07/2025 às 04:00

Espetáculo Hélio, O Balão que Não Consegue Voar (Foto: Ricardo Maciel/Divulgação)
Acolher as diferenças, entender o outro e enxergar o mundo com mais empatia: esses são alguns dos caminhos que a arte pode trilhar quando se propõe a falar sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA). É com essa sensibilidade que o espetáculo Hélio, o balão que não consegue voar encerra a programação da 8ª edição do Festival Pintando o 7 na Caixa Cultural Recife. A montagem pernambucana, voltada para todas as idades, será apresentada nesta sexta, sábado e domingo, sempre às 16h, no Bairro do Recife. Além das sessões, uma oficina gratuita acontece na sexta-feira.
Escrito por Cleyton Cabral, vencedor do Prêmio Ariano Suassuna de 2019, o texto ganha sua primeira encenação com direção de Marcondes Lima. A peça conta a história de Hélio, um balão com TEA que vive em uma loja de festas e não consegue voar. A metáfora convida à reflexão sobre inclusão, aceitação das diferenças e o direito de existir como se é. Antes de chegar ao festival, o espetáculo passou por escolas, bibliotecas e instituições de apoio, dialogando com diversos públicos.
Segundo Cleyton, a ausência de campanhas de conscientização contribui para o desconhecimento dos sinais do TEA, o que compromete o diagnóstico precoce e a qualidade de vida das pessoas autistas. “Queremos incentivar o pensamento crítico e a reflexão nos espectadores, para que eles conheçam os sintomas do autismo e se tornem possíveis agentes de transformação”, destaca Cleyton Cabral, que também atua na montagem ao lado de Fábio Caio e Luciana Barbosa.
Desde 2017, o Festival Pintando o 7 trabalha com o propósito de promover acesso à cultura de qualidade, com produções que valorizam a infância, a diversidade e o diálogo com temas sociais atuais. Com uma programação diversa, o festival se despede com a certeza de que o teatro continua sendo uma ferramenta poderosa de conexão, escuta e inclusão.

