Após leilão da Compesa, Governo de Pernambuco prioriza fim do rodízio de água
Prioridade do Governo de Pernambuco para os próximos anos é o fim do rodízio de água
Publicado: 18/12/2025 às 20:36
O secretário de Recursos Hídricos e Saneamento de Pernambuco no leilão parcial da Compesa, que aconteceu nesta quinta-feira (18) (Foto: Janaína Pepeu/Secom)
Com a conclusão do leilão de concessão parcial da Companhia Pernambucana de Saneamento (Compesa), que aconteceu nesta quinta-feira (18), a prioridade do Governo de Pernambuco para os próximos anos é o fim do rodízio de água.
Em conversa com o Diario de Pernambuco, o secretário de Recursos Hídricos e Saneamento, Almir Cirilo, afirmou que a melhoria do serviço será gradual. O cronograma de transição iniciará em fevereiro de 2026, com a “operação casada”, segundo o secretário.
Durante seis meses, as empresas vencedoras do leilão, a Pátria Investimentos e o consórcio entre Acciona e BRK, atuarão em conjunto com a Compesa para absorver dados e práticas operacionais antes de assumirem o serviço sozinhas.
“Então, o ano de 2026 é um ano de aprendizado, de início de obras. A gente espera ter um volume de obras mais significativo para executar em 2028”, contou. “Não dá para a gente fixar um tempo, porque vai depender da dificuldade ou facilidade de implementar a infraestrutura. Algumas [obras] vão ser mais rápidas, outras mais lentas”.
Segundo ele, a pasta já mapeou e documentou as dificuldades de cada cidade do Estado. A partir disso, as empresas que venceram a concessão, utilizarão esses dados na elaboração dos projetos executivos.
“Não vamos deixar que os municípios mais pobres fiquem relegados. Todos serão atendidos igualmente”, afirmou.
Concessão
Para o secretário, o novo modelo permitirá que a maior parte dos R$ 19,3 bi de investimento privado, oriundos do leilão, seja aplicada no prazo de cinco anos. O maior aporte ocorrerá nos três primeiros anos, com a execução de 70% dos recursos. O Estado investirá outros R$ 10 bilhões em infraestrutura, priorizando barragens e sistemas de tratamento.
Além disso, segundo Cirilo, o valor arrecadado com a outorga do leilão será dividido: R$ 1,4 bi será repassado diretamente aos municípios e R$ 2,8 bi ficarão com a Compesa para reforçar a infraestrutura hídrica estadual.