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Vida Urbana
Caso Alícia Valentina

Prefeitura de Belém do São Francisco rebate a mãe da menina morta em escola

De acordo com a Prefeitura, a Alícia Valentina não havia recebido alta hospitalar, a mãe teria levado ela para casa, sem autorização da médica plantonista

Cadu Silva

Publicado: 09/09/2025 às 12:09

Apesar dos esforços médicos, Alícia Valentina teve morte cerebral confirmada pelo HR nesta segunda-feira (8)/Foto: Reprodução / Redes Sociais

Apesar dos esforços médicos, Alícia Valentina teve morte cerebral confirmada pelo HR nesta segunda-feira (8) (Foto: Reprodução / Redes Sociais)

A Prefeitura de Belém do São Francisco rebate falas da mãe da estudante Alícia Valentina, de 11 anos, sobre negligência médica. Em nota publicada na noite de segunda-feira (8), o munícipio manifestou profundo pesar pelo falecimento da menor e informou que não houve negligência médica ou alta hospitalar pelos profissionais da saúde que realizaram o atendimento da menina no Hospital do município Doutor José Alventino Lima.

Ainda na nota, órgão declara que "a menor foi levada para casa, por sua mãe, sem autorização da médica plantonista".

Alícia Valentina, de 11 anos, morreu na noite do último domingo (7), no Hospital da Restauração, no Recife, após passar quatro dias internada. Ela foi agredida por colegas dentro da Escola Municipal Tia Zita, onde estudava, na quarta-feira (3).

O que aconteceu?

Na quarta-feira (3), Alícia foi agredida por colegas no banheiro da escola, localizada na Rua João XXIII, no Centro da cidade. Testemunhas relataram que ela chegou a ser empurrada, caiu e bateu a cabeça. A criança apresentou sangramentos e vômitos e foi encaminhada a diferentes unidades de saúde até ser transferida para o HR, onde ficou internada por quatro dias. No domingo, foi confirmada a morte cerebral.

Quem são os suspeitos?

Segundo a mãe da vítima, três adolescentes estariam envolvidos: dois meninos e uma menina. Por se tratar de menores de idade, a Polícia Civil não divulgou os nomes. O inquérito tramita na Delegacia da 188ª Circunscrição de Belém do São Francisco.

Atendimento médico

No dia seguinte às agressões, Alícia apresentou sangramento nasal e foi levada ao Hospital Dr. José Alventino Lima, em Belém do São Francisco. De acordo com a mãe, ela recebeu uma injeção e foi liberada. Horas depois, com sangramento no ouvido e vômitos, foi levada a um posto de saúde e, em seguida, transferida para o hospital de Salgueiro. Posteriormente, foi encaminhada ao HR, no Recife, a 462 km de distância, onde morreu.

O que diz a família

A mãe descreveu Alícia como uma menina tranquila e querida.
“Todo mundo gostava da minha filha, era uma menina muito boa, de apenas 11 anos. Eu a perdi para sempre e não sei o que aconteceu. Agora eu só quero justiça, porque ela não vai mais voltar ”, relatou.

Ela continua fala, ressaltando a falta de estrutura do hospital onde a fEla criticou a falta de estrutura do hospital onde a filha foi atendida. “Eu tinha esperança que minha filha não ia morrer. Esse trauma na cabeça dela, eu não sabia. Lá em Belém não tem Raio-X para tirar. Só foi atendida, tomou injeção e foi liberada pra casa e pronto”.

O que diz a escola


Por meio de nota, a direção da escola informou que, em tempo hábil, prestou todo o socorro necessário à aluna, conduzindo-a ao hospital e garantindo a devida assistência. O Conselho Tutelar e a Secretaria Municipal de Educação foram notificados e estiveram presente na escola para acompanhar o caso.

O que diz a Polícia Civil

A Polícia Civil de Pernambuco informou que a ocorrência está sendo investigada pela Delegacia da 188ª Circunscrição de Belém do São Francisco. "Um inquérito policial foi instaurado e outras informações poderão ser disponibilizadas após a completa elucidação dos fatos" destacou.

Velório e enterro

O corpo de Alícia será velado nesta terça-feira (9), no Salão de Velório do PAF, em Belém do São Francisco. O enterro está marcado para as 16h, no cemitério local.

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