° / °

Vida Urbana
MERCADO DE SÃO JOSÉ

Boxes do Mercado de São José, no Centro do Recife, são investigados pelo MPPE

Entre os alvos da apuração estão restaurantes, lanchonetes e pontos de venda de alimentos identificados pela fiscalização com condições higiênico-sanitárias insatisfatórias

Larissa Aguiar

Publicado: 04/08/2025 às 19:05

Recife, PE, 04/08/2025 - MERCADO SÃO JOSÉ - Imagens do Mercado São José./Rafael Vieira

Recife, PE, 04/08/2025 - MERCADO SÃO JOSÉ - Imagens do Mercado São José. (Rafael Vieira)

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) instaurou inquéritos civis para investigar as condições sanitárias de boxes do Mercado de São José, no bairro de São José, área central do Recife. A ação ocorre após a Vigilância Sanitária Municipal apontar indícios de irregularidades que colocariam em risco a saúde e a vida dos consumidores. As investigações, conduzidas pela 16ª Promotoria de Justiça de Defesa da Cidadania da Capital, têm como base o Código de Defesa do Consumidor (CDC) e a legislação estadual e federal referente à segurança alimentar.


Entre os alvos da apuração estão restaurantes, lanchonetes e pontos de venda de alimentos identificados pela fiscalização com condições higiênico-sanitárias insatisfatórias. O MPPE aponta o não cumprimento de Boas Práticas (BP) no preparo e na comercialização de alimentos, o que pode ocasionar contaminações e surtos alimentares.


Estabelecimentos sob investigação
Os boxes investigados estão distribuídos em diversos corredores do Mercado de São José.

Veja a lista completa:

  • Mônica Refeições (Box 9 e 10)
  • Espíndola Alimentos (Box 32, 53, 54 e 55)
  • Box 76 e 77
  • Box 73 e 74
  • Box 415 e 416
  • Lanchonete Santo Antônio (Box 417, 418, 421, 422, 425 e 428)
  • Box 33 e 34
  • Box 414
  • Box 35 e 36
  • Box 40 e 41
  • Box 39
  • Box 18
  • Box 61
  • Esquina dos Frios (Box 99 a 103)
  • O Porco Gourmet (Box 44)
  • Box 48 e 49
  • Box 67, 68 e 69
  • Box 56 e 57


As investigações buscam verificar o descumprimento dos artigos 6º, 8º e 10 do Código de Defesa do Consumidor, que tratam da responsabilidade dos fornecedores em garantir a segurança dos produtos e serviços ofertados. De acordo com o Ministério Público, o objetivo é assegurar que os alimentos vendidos estejam livres de contaminações e em conformidade com os padrões exigidos por lei.


O descumprimento das normas de higiene alimentar representa riscos diretos à saúde da população. Ainda segundo o MP, os responsáveis pelos estabelecimentos foram notificados e deverão apresentar documentação, laudos e justificativas, além de implementar medidas corretivas. O não cumprimento pode resultar em sanções administrativas e judiciais, incluindo interdições, multas e ações civis públicas.

Segundo a Prefeitura do Recife, a Conviva Mercados e Feiras, responsável, pelo mercados públicos do município, já vinha atuando, a pedido do Ministério Público na orientação dos comerciantes sobre boas práticas a serem tomadas por aqueles que trabalham com alimentos, principalmente, no momento em que o Mercado passa por reforma.

Em nota, a Prefeitura garante que as equipes da Vigilância Sanitária e da Conviva têm realizado visitas regulares ao mercado, com envio de relatórios ao órgão ministerial, assim como recomendações aos comerciantes. Entre as orientações sanitárias estão: uso abundante de gelo para conservação de alimentos in natura, como pescados; manutenção da higiene geral do ambiente; correta lavagem das mãos; uso de fardamento; e remoção de entulhos e materiais em desuso.

 

Mais de Vida Urbana