Agentes da PF usaram câmeras corporais para filmar buscas na casa de Bolsonaro
Câmeras foram usadas para registro de imagens da ação para rebater acusações de irregularidades na operação
Publicado: 18/07/2025 às 21:18

O ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro fala à imprensa no Senado Federal, em Brasília, em 17 de julho de 2025. Um promotor pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na terça-feira que considere Bolsonaro culpado de conspiração para golpe, em alegações finais após um julgamento em que o presidente dos EUA, Donald Trump, tentou intervir em nome de seu aliado de direita. (Foto de Mateus Bonomi / AFP) ( AFP)
Os investigadores da Polícia Federal que cumpriram busca e apreensão na residência de Jair Bolsonaro nesta sexta-feira, 18, usaram câmeras corporais para ter um registro das imagens da ação e poder rebater acusações de irregularidades na operação.
Em entrevista concedida após a ação, Jair Bolsonaro insinuou que um agente da PF teria plantado um pen drive apreendido no seu banheiro. Ele disse que a agente "pediu para ir ao banheiro e voltou com o pen drive na mão". Após ser questionado se a prova havia sido plantada, ele recuou: "Não estou sugerindo nada. Estou é surpreso. Vou perguntar pra minha esposa se o pen drive era dela".
Seu filho, o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), fez uma publicação nas redes sociais sugerindo que a prova poderia ter sido plantada pela PF. "Caso sério. Evidência plantada para incriminar Bolsonaro?", disse.
O Estadão apurou que a ação de busca e apreensão foi filmada por meio das câmeras corporais dos agentes. Essa é uma medida que costuma ser adotada pela PF em operações consideradas mais sensíveis, que podem ser alvo de contestação dos investigados.
Com isso, a avaliação dos investigadores é que a insinuação do ex-presidente poderia ser rebatida por meio dos registros dessas imagens. Os vídeos, porém, só devem ser apresentados caso a defesa apresente alguma contestação formal sobre o trabalho de busca e apreensão.

