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"Congresso precisa parar de olhar para o próprio umbigo", diz reitor da UFPE

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (8), o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, anunciou cortes visando manter a instituição funcionando até outubro deste ano

Marília Parente

Publicado: 09/07/2025 às 07:23

Reitor, Alfredo Macedo/Rafael Vieira

Reitor, Alfredo Macedo (Rafael Vieira)

Em coletiva de imprensa realizada na manhã desta terça-feira (8), o reitor da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Alfredo Gomes, criticou o Congresso Nacional pela situação orçamentária enfrentada pelas universidades federais do país. Na ocasião, a reitoria anunciou novas medidas da austeridade visando manter a instituição funcionando até outubro deste ano.

"O Congresso tem que parar de olhar para o próprio umbigo e olhar para a população. É inaceitável criar mais 18 mandatos para deputados federais, com as consequências que isso cria para os estados. Esses novos cargos devem custar em torno de R$ 250 milhões", afirmou o reitor. 

De acordo com ele, o recurso seria suficiente para, por exemplo, financiar "tranquilamente" a UFPE. "Qual a prioridade do Congresso? Nossa universidade tem praticamente 50 mil pessoas dentro dela, produzindo, trabalhando. Você tem cerca de dez universidades pequenas criadas nos últimos anos que poderiam ser financiados por esse dinheiro. É uma contradição profunda", destacou Alfredo Gomes.

Cortes

Mesmo com os cortes de editais e bolsas previstos, a UFPE precisará de uma suplementação de aproximadamente R$ 24 milhões para encerrar o ano. "Precisamos de um aporte de recomposição ou suplementação orçamentária para finalizar o ano de 2025. Essa suplementação é da ordem de R$ 23,9 milhões do orçamento da universidade para terminar o ano nessas condições já difíceis", afirmou o reitor.

De acordo com a reitoria, o orçamento da UFPE é de R$ 178 milhões, valor insuficiente para manter todas as atividades oferecidas atualmente. Em 2014, o valor era de R$ 213 milhões. "Neste ano, a UFPE já recebeu uma recomposição de R$ 7,3 milhões, uma quantia que não faz frente aos desafios da instituição", acrescentou o reitor.

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