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Europeus querem comandar força multinacional na Ucrânia

Dezenas de líderes europeus, incluindo da UE e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), se reuniam na segunda-feira em Berlim

Isabel Alvarez

Publicado: 16/12/2025 às 18:01

Chancelaria em Berlim, onde se reuniram para discutir como pôr fim à guerra desgastante entre a Rússia e a Ucrânia/ AFP

Chancelaria em Berlim, onde se reuniram para discutir como pôr fim à guerra desgastante entre a Rússia e a Ucrânia ( AFP)

De acordo com um comunicado do governo da Alemanha, os líderes de países europeus e da União Europeia declararam que propuseram comandar uma força multinacional na Ucrânia e fornecer apoio sustentável ao exército ucraniano, limitado a 800 mil soldados.

“Esta força seria composta por contribuições de países voluntários e apoiada pelos Estados Unidos, que liderariam, por seu lado, um mecanismo para monitorizar e verificar o cessar-fogo", anunciaram os dirigentes da Europa, que ainda apelaram à Rússia para aceitar a trégua na guerra.

Dezenas de líderes europeus, incluindo da UE e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), se reuniam na segunda-feira em Berlim para discutir os planos de paz para a Ucrânia com o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e com os enviados especiais de Washington, Steve Witkoff e Jared Kushner, que é genro do presidente norte-americano Donald Trump.

No domingo, Zelensky também se encontrou na capital alemã com Witkoff e Kushner e depois decorreram reuniões para discutir o acordo de paz com o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, os líderes do Reino Unido, Keir Starmer; da Polônia, Donald Tusk; da Suécia, Ulf Kristersson; dos Países Baixos, Dick Schoof; da Noruega, Jonas Gahr Støre; da Itália, Giorgia Meloni, e da Dinamarca, Mette Frederiksen, e da França, Emmanuel Macron. Trump tomou parte por videoconferência.

Além disso, participaram da cúpula a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, o presidente do Conselho Europeu, António Costa, e o secretário-geral da OTAN, Mark Rutte. Trump afirmou que o fim da guerra na Ucrânia está mais próximo do que nunca e os enviados dos EUA adiantaram que o reforço das garantias de segurança para Kiev tem feito avançar as conversações de paz, porém a oferta norte-americana não estará em cima da mesa para sempre.

“Acho que estamos agora mais perto do que alguma vez estivemos, e vamos ver o que conseguimos fazer”, disse Trump.

Já o presidente ucraniano afirmou nesta terça-feira (16) que a Ucrânia não pode se manter forte sem o empréstimo dos ativos russos congelados e que estes ativos podem até compensar a diminuição de apoio de alguns países.

Enquanto isso, a Finlândia, Suécia, Estônia, Letônia, Polônia, Bulgária, Romênia e Lituânia numa declaração conjunta divulgada hoje disseram que a Rússia é a ameaça mais significativa, direta e de longo prazo à segurança, paz e estabilidade na região euro-atlântica. Os líderes destas nações da União Europeia se encontraram e Helsínquia para debater sobre a defesa da fronteira oriental da UE.

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