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IMPORTUNAÇÃO SEXUAL

Presidente do México denuncia homem que a assediou sexualmente na rua

O incidente aconteceu na terça-feira (4) quando a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, seguia para um evento público perto do palácio presidencia

AFP

Publicado: 05/11/2025 às 14:46

Uma das candidatas, Claudia Sheinbaum, é ex-prefeita da Cidade do México/Foto: Cláudio Cruz/AFP

Uma das candidatas, Claudia Sheinbaum, é ex-prefeita da Cidade do México (Foto: Cláudio Cruz/AFP)

Nesta quarta-feira (5), a presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, denunciou o agressor que a tocou e tentou beijá-la enquanto ela caminhava pela rua. A Chefe do Executivo afirmou que o assédio sexual deveria ser considerado crime em todo o país.

O incidente aconteceu na terça-feira (4) quando a chefe do Executivo seguia para um evento público perto do palácio presidencial. Enquanto Sheinbaum saudava simpatizantes pela rua, o homem, identificado como Uriel Rivera, se aproximou por trás dela. Ele passou um braço por seu ombro, tocou sua cintura e seu peito com as mãos e tentou beijá-la no pescoço.

Rivera se aproximou da presidente sem que nenhum segurança presidencial o detivesse. Depois de tocá-la, um membro da segurança o afastou, enquanto Sheinbaum, um pouco confusa, até tirou uma foto com seu agressor.

"Essa pessoa se aproximou totalmente embriagada, não sei se drogada (...). Só depois de ver os vídeos é que percebi o que realmente aconteceu", disse a presidente.

A denúncia contra o homem foi feita junto ao Ministério Público da Cidade do México, onde o assédio sexual é punido criminalmente.

O agressor também assediou outras mulheres durante a ocasião

A mandatária explicou que decidiu prestar uma denúncia porque depois de assediá-la, o homem continuou a assediar outras mulheres. Ele foi preso horas depois.

"Minha reflexão é: se não presto uma denúncia, em que condição ficam as outras mulheres mexicanas? Se fazem isso com a presidente, o que pode acontecer com todas as mulheres no nosso país?", disse Sheinbaum em sua coletiva de imprensa matinal.

O governo vai revisar se esta conduta "é crime penal em todos os estados, porque deve ser crime penal e vamos fazer uma campanha", acrescentou ela, reconhecendo que na sua juventude sofreu agressões semelhantes.

Por ser um país federado, os 32 distritos que compõem a nação mexicana têm seus próprios códigos penais e nem todos punem essas condutas.

Vale destacar que o caso gerou também críticas à segurança da mandatária. Sheinbaum disse que continua privilegiando a aproximação com as pessoas.

Cerca de 70% das mexicanas de mais de 15 anos já sofreram alguma violência ao menos uma vez na vida, segundo relato da ONU mulheres.

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