Trump adverte Hamas que 'não vai tolerar nenhum atraso' na aplicação de seu plano
Hamas e Israel terão conversas indiretas no Cairo no domingo e na segunda-feira para assegurar a libertação dos reféns e prisioneiros retidos
Publicado: 04/10/2025 às 16:52

US President Donald Trump departs after addressing senior military officers gathered at Marine Corps Base Quantico in Quantico, Virginia, on September 30, 2025. Defense Secretary Pete Hegseth said Tuesday the US military must fix "decades of decay" as he addressed a rare gathering of hundreds of senior officers summoned from around the world to hear him speak near Washington. (Photo by Jim WATSON / AFP) ( JIM WATSON / AFP)
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, advertiu o Hamas, neste sábado (4), que "não vai tolerar nenhum atraso" na aplicação do seu plano para a libertação dos reféns que o grupo islamista palestino mantém cativos na Faixa de Gaza.
O enviado de Trump para o Oriente Médio, Steve Witkoff, e o genro do presidente, Jared Kushner, viajam ao Egito para finalizar os diálogos sobre as condições de libertação dos reféns, anunciou a Casa Branca neste sábado.
Hamas e Israel terão conversas indiretas no Cairo no domingo e na segunda-feira para assegurar a libertação dos reféns e prisioneiros retidos, noticiou neste sábado o Al-Qahera News, veículo vinculado à inteligência egípcia.
Na sexta-feira, Trump instou Israel e "cessar de imediato o bombardeio de Gaza" para permitir a libertação dos reféns depois que o Hamas deu um sinal positivo para aceitar seu plano de paz.
Apesar disso, o exército israelense anunciou, também neste sábado, que continuava com suas operações na Faixa de Gaza.
A Defesa Civil do território palestino, sob autoridade do Hamas, reportou pelo menos 57 mortos em bombardeios no sábado.
Em uma mensagem publicada em sua plataforma, Truth Social, Trump havia declarado satisfação que "Israel tenha interrompido temporariamente os bombardeios para dar uma oportunidade para que a libertação dos reféns e um acordo de paz se concretizem".
"O Hamas deve agir rapidamente. Caso contrário, todas as opções serão consideradas. Não vou tolerar nenhum atraso", acrescentou Trump, que também descartou "qualquer resultado no qual Gaza siga representando uma ameaça" para Israel.
"Vamos fazê-lo rápido", insistiu, referindo-se à implementação de seu plano, que inclui um cessar-fogo, a libertação dos reféns em 72 horas, a retirada gradual do exército israelense de Gaza, o desarmamento do Hamas e o exílio de seus combatentes.
"Estamos perto" de um acordo para o cessar das hostilidades em Gaza, declarou o presidente americano em uma entrevista com o veículo Axios neste sábado, acrescentando que trabalharia para concretizá-lo nos próximos dias.
"Eu disse a ele: 'Bibi, esta é a sua oportunidade de vencer', e lhe pareceu bem", disse Trump, referindo-se ao primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, pelo apelido.
Trump também elogiou o papel do presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, afirmando que ele tinha sido "de grande ajuda" para convencer o Hamas a libertar os reféns.

