Elevador da Glória: 11 dos 16 mortos em acidente com bonde em Lisboa eram estrangeiros
O acidente ocorreu na tarde de quarta-feira (3) na capital portuguesa, perto da avenida da Liberdade
Publicado: 05/09/2025 às 17:10

Pessoas posam ao lado de flores em homenagem às vítimas do acidente do funicular da Glória, em Lisboa (PATRICIA DE MELO MOREIRA / AFP)
Onze estrangeiros e cinco portugueses morreram no acidente com o Elevador da Glória, ocorrido na quarta-feira em Lisboa, segundo o último balanço, divulgado nesta sexta-feira (5) pelas autoridades portuguesas.
O acidente aconteceu na tarde de quarta-feira na capital portuguesa, perto da avenida da Liberdade. O famoso Elevador da Glória, que liga a praça do Rossio ao Bairro Alto, descarrilou e colidiu contra um prédio.
Entre as vítimas há cinco cidadãos portugueses, três britânicos, dois sul-coreanos, dois canadenses, uma francesa, um suíço, um americano e um ucraniano, detalhou a polícia judicial em um comunicado.
O acidente, ocorrido em um bairro muito turístico de Lisboa, também deixou cerca de vinte feridos, entre eles ao menos onze estrangeiros, segundo os serviços de resgate.
Entre os portugueses mortos estão quatro funcionários de uma mesma instituição de assistência social, cujos escritórios ficavam na parte alta da rua por onde o bonde circula.
As causas exatas do acidente seguem desconhecidas, mas a agência portuguesa que investiga acidentes aéreos e ferroviários adiou desta sexta-feira para a tarde de sábado a publicação de "uma nota informativa com as primeiras conclusões" sobre o acidente, antes de apresentar um relatório preliminar dentro de um mês e meio.
Os destroços do bonde centenário foram retirados na noite de quinta-feira, devolvendo uma normalidade aparente à rua onde aconteceu a tragédia.
Mas a comoção seguia reinando na capital portuguesa nesta sexta-feira. "Não sei o que me chocou mais, se ver o vagão descer pela rua como um brinquedo, o menino [ferido no acidente] ou as pessoas que morreram, algumas diante dos nossos olhos", declarou Bruno Pereira, que testemunhou o acidente, à TV pública RTP.
Perguntado na noite de quinta-feira sobre as causas do acidente, o diretor da polícia judiciária Luis Neves afirmou que até o momento nenhuma hipótese está descartada.
A principal hipótese mencionada pelos meios de comunicação locais é o possível rompimento de um cabo de segurança, que poderia ter sido causado por uma eventual negligência na manutenção do bonde, realizada por uma terceirizada da Carris, empresa gestora do transporte de Lisboa.

