° / °
Mundo
tragédia

Deslizamento de terras no Sudão mata mais de mil pessoas e país pede ajuda internacional urgente

De acordo com os relatos iniciais, apenas uma pessoa sobreviveu

Isabel Alvarez

Publicado: 02/09/2025 às 13:24

 Sudan's Prime Minister Kamil Idris (C-R) attends a road cleanup campaign with other officials in Khartoum on August 27, 2025. (Photo by Ebrahim Hamid / AFP)/  Ebrahim Hamid / AFP

Sudan's Prime Minister Kamil Idris (C-R) attends a road cleanup campaign with other officials in Khartoum on August 27, 2025. (Photo by Ebrahim Hamid / AFP) ( Ebrahim Hamid / AFP)

O Movimento do Exército de Libertação do Sudão (SLM, na sigla em inglês) revelou hoje que um deslizamento de terras causado pelas fortes chuvas soterrou por completo uma aldeia no oeste do país e matou cerca de mil pessoas. O líder do SLM destacou que a aldeia Tarasin foi totalmente destruída e apelou à Organização das Nações Unidas apoio na recuperação dos corpos e na remoção dos escombros.

"Acompanhamos com profunda tristeza e preocupação os trágicos acontecimentos que afetaram os residentes da aldeia de Tarasin, devido aos enormes e devastadores deslizamentos de terras que atingiram a aldeia, localizada no centro de Jebel Marra, no distrito de Amo", informou o SLM, grupo armado que controla a região.

A aldeia de Tarasin tem mais de três mil metros de altitude e é uma área remota e de difícil acesso. De acordo com os relatos iniciais, apenas uma pessoa sobreviveu.

Essa zona de conflito ativo é conhecida por ser o principal bastião do SLM, liderado por Abdelwahid Nour. “Tarasin, famosa pela sua produção de citrinos, foi completamente arrasada", disse.

O governador pró-exército da região de Darfur, Minni Arko Minnawi, classificou o deslizamento de terras como uma tragédia e também pediu às organizações humanitárias internacionais para que intervenham urgentemente e prestem assistência. "A tragédia é maior do que o nosso povo pode suportar sozinho. Perdemos um grande número de pessoas num desastre natural devastador e oferecemos as nossas condolências às vítimas e suas famílias", disse Minnawi.

 

Enquanto isso, a maior parte do Darfur, incluindo a área do deslizamento, continua praticamente inacessível aos trabalhadores humanitários devido aos intensos e violentos combates da guerra civil que assola o país há dois anos.

A região de Darfur é composta por cinco estados, todos controlados pelas forças paramilitares das Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês), que enfrentam o exército regular no conflito armado. Já o exército sudanês controla apenas a cidade de Al-Fashir, capital do Darfur do Norte, sendo alvo de ataques quase diários das RSF, enquanto o SLM governa algumas zonas nos estados do Darfur Central e do Norte.

Mais de Mundo

Últimas

WhatsApp DP

Mais Lidas

WhatsApp DP