Trump impõe novas tarifas a 14 países a partir de 1º de agosto
São 7 novas tarifas entre 25% e 40% para produtos importados de 14 países; anúncio foi feito pelo presidente dos EUA na sua rede social
Publicado: 08/07/2025 às 08:37

O presidente dos EUA, Donald Trump, encontra-se com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que não foi visto no Salão Azul da Casa Branca, em Washington, D.C., em 7 de julho de 2025. O primeiro-ministro Netanyahu se encontrará na segunda-feira com o presidente Trump, que expressou a esperança de um "acordo esta semana" entre Israel e o Hamas para a libertação de reféns da Faixa de Gaza. As negociações indiretas entre Israel e o Hamas começaram em 6 de julho em Doha, com o objetivo de mediar um cessar-fogo e chegar a um acordo sobre a libertação de reféns em troca de prisioneiros palestinos. (Foto de ANDREW CABALLERO-REYNOLDS / AFP) ( AFP)
O presidente dos EUA, Donald Trump, impôs nesta segunda-feira, 7 novas tarifas entre 25% e 40% para produtos importados de 14 países. As taxas passarão a valer a partir de 1.° de agosto, segundo a Casa Branca. O anúncio, feito um dia após o republicano ameaçar com taxas de 10% nações que se alinharem ao Brics - o que inclui o Brasil -, mexeu com o mercado, com o dólar em alta em todo o mundo e as Bolsas americanas e brasileira em queda.
No começo da tarde, em publicação em sua rede social, a Truth Social, o presidente americano disse que as novas tarifas seriam de 25% para Japão, Coreia do Sul, Malásia e Casaquistão; 30% para África do Sul; e 40% para Mianmar e Laos. Horas depois, ele anunciou taxas de 36% para Tailândia e Camboja; de 35% para Sérvia e Bangladesh; 32% para a Indonésia; 32% para a Bósnia; e 25% para a Tunísia.
Juntos, esses países representam por volta de 15% do que os EUA importam, com destaque para Japão (4,5% do total) e Coreia do Sul (4%). Os dois países são o segundo e o terceiro maiores exportadores de automóveis para os Estados Unidos, depois do México.
O anúncio do tarifaço foi feito por meio de uma série de cartas quase idênticas publicadas na rede social do presidente. Trump disse que os EUA "concordaram em continuar trabalhando com cada país", apesar dos déficits comerciais.
"Infelizmente, nossa relação tem estado longe de ser recíproca", escreveu ele, acrescentando que as tarifas propostas são apenas um ponto de partida. "Se, por qualquer motivo, vocês decidirem aumentar suas tarifas, qualquer que seja o valor que vocês escolherem, elas serão adicionadas" às taxas de importação do país, acrescentou o republicano.
Em abril, Trump anunciou uma tarifa básica de 10% sobre todas as importações dos EUA, bem como taxas mais altas sobre produtos de cerca de 60 países parceiros comerciais. Com a reação ruim do mercado, ele recuou e adiou o início da cobrança para amanhã. Ontem, porém, houve novo adiamento.
Segundo analistas, negociadores americanos têm encontrado mais obstáculos do que o presidente americano planejava para fechar novos acordos.
Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, agora as novas tarifas só passarão a valer no começo de agosto.
Autoridades do governo indicaram que o republicano deve anunciar nesta semana novos acordos. Até o momento, os EUA firmaram apenas dois pactos comerciais preliminares, com o Reino Unido e com o Vietnã, e em ambos os detalhes são escassos. Com a China, os americanos conseguiram uma trégua para evitar retaliações tarifárias até que haja um novo acordo. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

