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Hamas liberta refém israelense-americano

Edan Alexander foi libertado pelo Hamas, entregue à Cruz Vermelha e já se encontra em Israel, segundo informou o exército israelense

Por Isabel Alvarez

SPENCER PLATT/GETTY IMAGES NORTH AMERICA/Getty Images via AFP
Centenas de amigos, familiares e moradores se reúnem no centro da cidade para assistir à libertação de Edan Alexander, o último cidadão americano vivo sequestrado pelo Hamas.

O refém israelense-americano Edan Alexander, de 21 anos, foi libertado hoje pelo Hamas, entregue à Cruz Vermelha e já se encontra em Israel, segundo informou o exército israelense. Alexander é o último refém norte-americano que sobreviveu após ser sequestrado quando servia numa unidade militar de elite no sul de Israel.

“As Brigadas al-Qassam acabam de libertar o soldado sionista e cidadão norte-americano Edan Alexander, na sequência de contatos com a administração norte-americana, no âmbito dos esforços dos mediadores para chegar a um cessar-fogo”, diz o comunicado do grupo.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) disseram que houve uma pausa nos ataques a Gaza para permitir uma passagem segura para a saída do refém do enclave palestino.

A libertação de Alexander acontece na véspera do início da viagem ao Oriente do presidente dos EUA, Donald Trump, que é esperado nos próximos dias na Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e Catar, um dos mediadores do conflito entre Israel e o Hamas.

 

Os Estados Unidos apresentaram a libertação de Alexander nas conversações com o Hamas como um primeiro passo para um acordo mais alargado que libertaria todos os reféns e poria fim à guerra. O presidente dos EUA, Donald Trump, confirmou em uma publicação feita na sua rede social Truth Social, que o refém israelense-americano seria libertado hoje pelo Hamas.

"Edan Alexander, refém americano que se pensava morto, vai ser libertado pelo Hamas. Ótimas notícias!", adiantou na rede social.

Por outro lado, o governo de Tel Aviv já disse recentemente que planeja uma grande ofensiva em Gaza para assumir o controle de todo o território, a menos que seja alcançado um acordo. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, assegurou que vai prosseguir a guerra em Gaza.

“De acordo com a política israelense, as negociações decorrerão debaixo de fogo, com o compromisso de atingir todos os objetivos da guerra”, acrescentou uma fonte governamental que não quis se identificar.

Segundo publicação do jornal norte-americano Wall Street Journal, o governo israelense ainda deve enviar uma equipe ao Cairo para reiniciar as conversações de um acordo com o Hamas, após a libertação de Alexander e as negociações terão como objetivo uma trégua que inclua a libertação de mais reféns e a retomada de ajuda humanitária em Gaza.

Mas, uma fonte israelense citada pelo diário Maariv aponta que Israel ainda não decidiu se vai enviar uma delegação ao Egito para as conversações.