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COPA MARIA BONITA

Copa Maria Bonita: primeira edição marca avanço histórico para o futebol feminino no Nordeste

A primeira equipe campeã da Copa Maria Bonita será definida na final entre Sport e Fortaleza, neste sábado (11)

Lucas Valle

Publicado: 11/10/2025 às 13:54

Troféu de melhor em campo da Copa Maria Bonita/Rafael Vieira/ FPF

Troféu de melhor em campo da Copa Maria Bonita (Rafael Vieira/ FPF)

A primeira edição da Copa Maria Bonita chega à sua grande final neste sábado (11), colocando frente a frente Sport e Fortaleza, na Arena Pernambuco, às 16h30. Mais do que um título, o torneio representa um marco para o futebol feminino nordestino, dando espaço para visibilidade, desenvolvimento e valorização de uma modalidade que cresce cada vez mais em todo o Brasil. 

A criação do torneio se deu para preencher uma lacuna no calendário do futebol feminino, a competição reuniu nove clubes, um de cada estado do Nordeste, em uma experiência inédita, com estrutura de alto nível e transmissão em TV aberta, no SporTV, no Globoplay e também no canal GOAT no YouTube.

Em contato com a reportagem do Diario de Pernambuco, Camila Stefano e Sandra Santos co-fundadoras do Instituto Brasileiro de Futebol Feminino comentaram sobre a importância da Copa Maria Bonita e em como ela é um divisor de águas para as atletas nordestinas.

“As meninas estão vivendo aqui um alto nível de competição em termos de estrutura e investimento, jogando na Arena Pernambuco, um estádio de Copa do Mundo, e com partidas transmitidas pela Globo. Só essa experiência já é uma mega conquista para o futebol feminino do Nordeste”, destacou Camila. 

Sandra reforçou que a competição não só cria oportunidades, mas também dá luz a um talento que já existe em abundância na região.

"Existe muita menina jogando futebol no Nordeste, desde as cidades grandes até em comunidades quilombolas, aldeias indígenas e nas famosas peladas de rua. Quando você coloca uma competição dessa, você mostra para o Brasil e para o mundo onde está a raiz do futebol. É dar visibilidade para um talento que já existe e que só precisava de calendário e espaço", afirmou Sandra.

Além da disputa dentro de campo, a Copa também gerou trocas importantes entre dirigentes e profissionais, resultando em um plano estratégico para o desenvolvimento do futebol feminino no Nordeste. Esse resultado fora das quatro linhas amplia o impacto da competição, que deixa de ser apenas um campeonato, e passa a ser um grande projeto para ampliar a visibilidade e valorização das atletas, e de todo o futebol feminino como um todo.

A Copa Maria Bonita se encerra neste sábado (11), com Sport e Fortaleza decidindo quem será o primeiro campeão da história. O saldo do torneio é extremamente positivo, chegou como um passo fundamental para consolidar o futebol feminino nordestino em cenário nacional. O projeto se iniciou para a temporada de 2025, porém a ideia é seguir com ele para o futuro. 

1º ENCONTRO ESTRATÉGICO 

Durante a Copa Maria Bonita, no domingo, dia 5 de outubro, o Instituto Brasileiro de Futebol Feminino promoveu o 1º Encontro Estratégico de Futebol Feminino, voltado para trazer dados, conhecimento e conversas entre as comissões e atletas dos clubes, com as palestrantes, entre elas Camila Stefano e Sandra Santos co-fundadoras do IBFF.

“O 1° Encontro Estratégico de Futebol Feminino é uma oportunidade única de reunir mulheres que já vêm fazendo a diferença na modalidade e, juntas, construir caminhos de forma coletiva e pensar em soluções práticas para o fortalecimento do esporte. Faz parte do nosso propósito no IBFF criar espaços de diálogo e profissionalização que gerem impacto real, e a Copa Maria Bonita é o cenário ideal para ampliarmos essa construção e deixarmos um legado consistente para a modalidade no Nordeste e, consequentemente, no Brasil”, - Camila Estefano, Co-Fundadora e Presidente do IBFF.

Sobre o encontro, Camila Estefano afirmou que era uma grande oportunidade para escutar as jogadoras acerca das situações que se encontram em seus clubes, além de ter sido uma das oportunidades de "discussão" das jogadoras e comissões técnicas de serem escutadas.

"Tem pessoas muito qualificadas querendo trabalhar futebol feminino, mas pessoas que precisam de escuta, escuta ativa. No final, a gente perguntou: vocês gostaram? O que vocês acharam? Elas responderam, que só de vocês escutarem a gente, já é um presente. Isso é para ver como elas são guerreiras. Elas não conseguem ser ouvidas aonde elas estão", completou Camila. 


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