Coração partido tem cura? A resposta surpreendente da ciência
Ciência começa a decifrar não apenas o impacto emocional, mas também o físico desse fenômeno, além de oferecer caminhos concretos para a cura
Publicado: 09/09/2025 às 12:15

(Freepik)
Por séculos, poetas e filósofos descreveram a dor de um coração partido como uma das experiências mais devastadoras da vida. Hoje, a ciência começa a decifrar não apenas o impacto emocional, mas também o físico desse fenômeno, além de oferecer caminhos concretos para a cura.
Pesquisas da Universidade de Michigan mostram que a rejeição amorosa ativa as mesmas regiões cerebrais da dor física, como o córtex somatossensorial e a ínsula anterior. Não é coincidência que a expressão “dor no peito” tenha fundamento biológico. Em casos extremos, surge a chamada Síndrome de Takotsubo, também conhecida como síndrome do coração partido. Descrita por médicos japoneses nos anos 1990 e investigada por pesquisadores da Harvard Medical School, essa condição pode provocar disfunção temporária do músculo cardíaco, imitando um infarto. Ela é desencadeada por fortes emoções e atinge principalmente mulheres.
Mas o que antes parecia um destino inevitável começa a mudar. Estudos da University College London confirmam que a neuroplasticidade permite que o cérebro reorganize suas conexões após perdas afetivas, criando novas rotas para superar a dor. Exercícios físicos regulares, de acordo com a American Psychological Association, reduzem níveis de cortisol e aumentam a produção de serotonina e dopamina, favorecendo bem-estar e resiliência.
Outro recurso validado é a escrita terapêutica. Pesquisas da Universidade do Texas em Austin revelam que colocar sentimentos no papel reorganiza pensamentos e diminui a intensidade das lembranças dolorosas. Além disso, um estudo da Universidade de Oxford mostra que relações sociais saudáveis ativam áreas cerebrais ligadas ao prazer e ao pertencimento, acelerando a cicatrização emocional.
Em outras palavras, curar um coração partido não é mais apenas metáfora. A ciência comprova que através de práticas simples, como movimento, escrita, meditação e vínculos saudáveis, o coração aprende, se refaz e encontra novos caminhos para bater em plenitude.
MULHERES PAGAM MAIS CARO NO CRÉDITO: A FACE OCULTA DA DESIGUALDADE FINANCEIRA
Mesmo quando apresentam o mesmo risco de inadimplência, mulheres acabam pagando juros mais altos no crédito pessoal do que os homens. Um estudo recente aponta que elas chegam a pagar até 8,2 pontos percentuais a mais, revelando uma desigualdade silenciosa que atravessa gênero e classe social.
Mas por que isso acontece? Pesquisas apontam algumas razões:
Viés estrutural do mercado financeiro: bancos e financeiras ainda consideram homens como “menos arriscados”, reproduzindo estereótipos que não se confirmam nos dados.
Discriminação indireta: como muitas mulheres ganham menos e têm empregos mais informais ou instáveis, são vistas como menos “confiáveis”, mesmo quando seu histórico de pagamento é bom.
Menor acesso à negociação: mulheres, em geral, relatam menos espaço e estímulo para negociar taxas, o que reforça a diferença.
O problema não se limita ao universo feminino. Pessoas de baixa renda, mesmo com histórico de pagamento semelhante ao de grupos mais ricos, também arcam com taxas maiores. Em outras palavras: quem tem menos, paga mais para ter acesso ao crédito, reforçando um ciclo de exclusão financeira.
Já trabalhadores com maior nível de educação financeira conseguem obter taxas mais baixas, pois sabem negociar melhor, entender os contratos e planejar sua vida econômica. Isso mostra que o conhecimento pode ser um fator de proteção contra práticas abusivas, mas não elimina o viés estrutural que penaliza especialmente mulheres e pobres.
A conclusão é clara: o sistema de crédito, que deveria ser instrumento de inclusão, ainda carrega distorções que ampliam a desigualdade. Trazer luz a esses números é passo fundamental para pressionar por maior transparência, justiça e equidade na relação entre bancos e cidadãos.
AGRESSORES DE MULHERES DO PIAUÍ TERÃO FOTOS E NOMES EM CADASTRO PÚBLICO
A Assembleia Legislativa do Piauí aprovou um projeto de lei que cria o Cadastro Estadual de Pessoas Condenadas por Crime de Violência Contra a Mulher. A medida prevê que o nome, a foto e os dados processuais dos condenados sejam disponibilizados de forma online, acessível a qualquer cidadão.
O objetivo é ampliar a proteção das vítimas, oferecer transparência à sociedade e inibir a reincidência desses crimes. Para os autores da proposta, tornar público quem já foi condenado por agredir mulheres é um instrumento de responsabilização, mas também de prevenção.
O cadastro será de responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública e funcionará como uma espécie de lista pública, na qual permanecerão os registros até o fim do cumprimento da pena. A expectativa é de que o acesso irrestrito fortaleça a confiança da população e ajude a salvar vidas, permitindo que mulheres identifiquem agressores antes de estabelecer vínculos pessoais ou profissionais.
O projeto segue agora para sanção do governador. Se aprovado, o Piauí será pioneiro no país ao adotar uma ferramenta de exposição pública de condenados por violência contra a mulher, consolidando um marco na luta contra esse tipo de crime.





