PF pede mais 60 dias para apurar venda de decisões no STJ, diz revista

A Polícia Federal pediu para prorrogar por mais 60 dias as investigações de corrupção nos bastidores do Superior Tribunal de Justiça (STJ).

A informação foi divulgada, neste sábado (10), pela Revista Oeste.

Segundo a publicação, o pedido da PF foi feito ao ministro Cristiano Zanin.

Para a Polícia Federal, segundo a Oeste, o "esquema de venda de sentenças judiciais tem se revelado consideravelmente mais sofisticado e complexo do que imaginavam os próprios investigadores".

Ainda conforme a revista, a PF argumentou que os indícios revelados pelas quebras de sigilo justificaram a solicitação de mais prazo.

A reportagem da Oeste destacou que as investigações têm como alvo ex-servidores e desembargadores ligados aos ministros do STJ Paulo Moura Ribeiro, Isabel Gallotti, Og Fernandes e Nancy Andrighi.

As investigações estão correndo sob sigilo por envolver integrantes da cúpula do STJ.

A investigação iniciou em 2024 e revelou um "sistema de venda de decisões considerado estruturado."
Um dos alvos da apuração é o lobista Anderson de Oliveira Gonçalves. Ele está detido na penitenciária federal de Brasília.

A esposa dele, a advogada Mirian Ribeiro Rodrigues, cumpre prisão domiciliar com monitoramento por tornozeleira eletrônica.